Henrique Nardi

Foto retirada de: www.maceio40graus.com.br

Na última terça-feira (27/08), eu e Daniele tivemos o prazer de realizar uma entrevista descontraída com Henrique Nardi, grande figura do meio tipográfico brasileiro. Mais detalhes você lê a seguir.

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Desmanche


O artista plástico Lucas Simões nos traz um discurso estético, no qual dialética da imagem se faz tema central de seu trabalho. A estrutura da imagem serve de motivo para apoiar formas e gerar um processo de análise constante desta. Assim, na desconstrução da imagem, o espectador é conduzido por uma forma dinâmica de visualização. As aparentes repetições são na verdade, novas formas geradas num processo construtivo, onde os planos servem para nos fazer aprofundar, de forma psicológica, no significado das imagens. Conduzindo à construção de um novo objeto em questão. O resultado prático deste discurso é um uso topográfico dos planos de ação, no qual o tema entre como um contraponto para refazer uma harmonia que, inicialmente parece ter se perdido, mas que o artista, com maestria e talento, nos devolve de forma quase que benevolente, mas significativamente forte e acompanhado de um discurso estético harmônico e avançado. Lucas Simões é uma destas figuras que aparecem como novo artista, mas cujo conteúdo de poética nos projeta com força e definição de linguagem própria.
Agora só nos cabe desfrutar desta dialética visual e sentir como uma imagem pode ultrapassar seus próprios significados.

Você leu acima, o texto introdutório da exposição de Lucas Simões, com curadoria de Gilberto Salvador.
Sábado(24/08), eu e Daniele visitamos a Caixa Cultural e tivemos o primeiro contato com o trabalho diferente e interessante desse artista.

Após a visita na exposição é possível perceber uma clareza - a primeira vista não aparente - em seu título, pois o artista desmonta e remonta imagens à seu modo. Estão presentes dois tipos de trabalhos, quadros e paisagens, onde são usados, respectivamente, camadas e fragmentos de imagens para formar uma composição.

Os quadros são fotos de pessoas, não identificáveis, montados com camada de papel sobrepostas, sendo que cada um deles exibe um tipo de recorte diferente (em forma de chamas, quadrados, diagonais, entre outros).

E as paisagens são panorâmicas - para serem vistas de lado - montadas com papel colado sobre pano e fixados na madeira, acredito que meticulosamente cortado para as dobras quando expostas lado a lado darem continuação a imagem.

Um exercício de composição genial, construção e desconstrução que trás uma nova perspectiva para o espectador sobre a imagem. Talvez insinuando que há mais de uma maneira de observar um objeto.

Exposição Lucas Simões - Desmanche
Duração: 20 de Julho à 20 de Outubro de 2013
Local: Caixa Cultural São Paulo
Praça Da Sé, 111 - Sé - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3321 4400
Terça à domingo, 9h às 20h.
Entrada: Gratuita
Mais informações. Mais imagens.

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Primeiros passos: 1) Tipografia


Este primeiro post de "Primeiros passos" que farei destinado a quem pretende produzir um livro do it yourself ou quer saber mais sobre o assunto.

Como assunto inicial, escolhi a tipografia! Dentre os motivos pelos quais fiz esta escolha, está a falta de conhecimento do tema. É muito comum ouvir alguns comentários à respeito de clientes que pedem "Comic Sans" no projeto todo. Bom, não estou aqui pra criticar a tão controversa fonte, mas sim para explicar um pouco sobre como aplicar corretamente a tipografia em um livro.

Primeiramente, vou fazer uma classificação de fontes bem básica: tipos display e tipos de texto.

Display é aquela fonte para chamar atenção (bem tosca a explicação, mas é isso). Ela deve ser aplicada em títulos principalmente, pois a função dela é "aparecer".

display

Texto é aquela fonte para leitura (principalmente de textos longos). É uma fonte com menos ornamentos e que permanece mais neutra na página.

Vamos lá, pensando no miolo do livro, fica bem claro que você precisa de uma fonte display para os títulos e uma de texto para leitura. Uma característica comum à todas as fontes é que podem ser serifadas ou não.

"Serifa é o traço colocado no início ou no final das hastes e das barras de letras"(2012, p.105)

Em relação às serifas, existem algumas diferenças, como define Cláudio Rocha (ibidem)
Existem várias formas de serifa, e entre elas temos: adnata (curva), que flui suavemente na junção com a haste; abrupta (reta), cuja junção com a haste se dá em ângulo reto, slab serif, que tem a mesma espessura da haste e apresenta junção curva ou reta, caracterizando o grupo de fontes Egípcias, produzidas a partir do século XIX, wedge serif com serifas triangulares ou em forma de cunha. A fonte Matrix, da Emigre, é um exemplo; hairline, de espessura fina, caracteriza, por exemplo, as fontes Bodoni e Didot.

projeto tipográfico

As fontes sem serifa, não possuem este elemento na estrutura, como nas tipografias abaixo:


tipografia


A serifadas são tidas como melhores no quesito legibilidade, pois considera-se que as serifas direcionam os olhos durante a leitura. Entretanto, a legibilidade também é uma característica das não serifadas, por isso, este é um ponto questionável. Uma realidade é que as fontes serifadas são muito comuns em livros, principalmente os com textos muito longos. As não serifadas são vistas em livros de design, geralmente.

O importante na hora de escolher a tipografia certa para o livro é ver a finalidade dele: livros infantis, por exemplo, tem textos curtos, por isso algumas fontes diferenciadas (como a famigerada Comic Sans) se encaixam bem, já livros com um tema pesado, como uma tese, que possui um texto muito longo, com rodapés, citações e legendas, ficam mais agradáveis com fontes serifadas, que se encaixam bem a situação, como a Garamond, Times e Minion e seus contrastes de hastes.

É essencial perceber a diferença entre os tipos de fontes, afinal uma fonte de texto pode ser usada como display, mas dificilmente uma fonte display poderá ser utilizada para um texto. 

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