Um punhado de ideias: o vlog do André Vianco



Autor de 14 livros, 11 best sellers, André Vianco lançou em 2013 uma série de vídeos chamada de "Um punhado de ideias" para discutir e dar dicas aos novos autores que pretendem entrar no mercado editorial dos livros de fantasia.

A série possui 5 vídeos até o momento e está disponível do canal do André Vianco, no Youtube.

Entre os assuntos tratados estão: a carreira do próprio autor, dicas de como lançar seu livro, quais são as dificuldades da carreira, como é o mercado, bloqueio criativo, entre outros assuntos. André aceita questões enviadas pelo seu blog e em sua página do Facebook.

Assista abaixo o episódio 01 da série:
Leia mais:
Saga do Vampiro Rei
A produção de um livro independente

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Saga do Vampiro-Rei



A Saga do Vampiro-Rei é uma série de livros escrita pelo autor André Vianco. O cenário da história está num mundo totalmente diferente, após grande parte da população do mundo adormecer em um evento chamado A noite maldita. Após este acontecimento muita coisa mudou na sociedade: não existem mais telecomunicações e as pessoas que adormeceram passam anos nesse estado, podendo acordar como vampiros, simples humanos ou criaturas guerreiras, chamados de bentos.

A saga possui três livros: Bento, Bruxa Tereza e Cantarzo. A narração da batalha entre humanos e vampiros rendem boas cenas de luta e ação em todos os livros, enquanto alguns mistérios nas vidas dos personagens são revelados por meio de lapsos de memória dos mesmos. Cenários como São Paulo e Osasco são muito bem explorados no livro, expondo detalhes que trazem veracidade incrível aos fatos fictícios.

Felipe: Vampiros e zumbis tornaram-se um tema "batido" durante os anos e ultimamente estão em alta, mas não pense que essa saga envolve mais um amor impossível entre duas criaturas de raças diferentes escrito de forma melodramática e que representa a capacidade de conviver em harmonia.
Não, caro leitor, aqui a história é de sangue, discórdia, raiva, corpos decepados, tiros, angústia, honra, batalhas, vitórias e perdas. Vampiros não brilham e não se expõem ao sol, tem os olhos do capeta, vermelhos, ardentes como brasa e acabam com tudo, como uma praga.

Fica a indicação para quem admira batalhas épicas e está disposto à ler uma ficção de terror.
Informações Técnicas
Títulos: Saga O Vampiro-Rei: Bento; A Bruxa Tereza; Cantarzo
Autor: André Vianco
Editora: Novo Século
Ano: 2011; 2011; 2011
Edição: 2ª; 2ª; 2ª
Páginas: 518; 403; 512
Acabamento: Hotmelt
Produção Editorial: Equipe Novo Século
Projeto Gráfico e Composição: Sergio Gzeschnik
Capa: SPO Design
Revisão: 
Evandro Lisboa Freire, Lucas de Souza Cartaxo;
Marileide Gomes, Lucas de Souza Cartaxo;

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O livro não é feito só de autor



Certa vez, um autor pediu para que meu nome fosse retirado dos créditos do livro dele. Perguntei se havia algum problema com a diagramação, mas a resposta de"não se tratar de uma informação necessária" me chocou um pouco. Logo eu, uma pessoa que se sempre admirou os autores, ouvi que meu trabalho não merecia créditos.

Mas a verdade é que muita gente já passou por isso e vejo constantemente a falta dessas informações em alguns livros. Falta consciência da importância dos profissionais envolvidos em todo projeto, desde quem faz o contrato, quem edita, quem diagrama, quem faz a capa, quem ilustra, entre outros. O livro não é só feito de autor, tem muita gente trabalhando para que ele aconteça.

Não desmereço em nenhum momento a autoria, admiro intensamente os bons autores. E também não quero desrespeitar nenhuma editora. Entretanto, nós, profissionais do mercado editorial, merecemos respeito e porquê não? Créditos! O livro não encontra sozinho uma bela capa e uma tipografia que se encaixa perfeitamente nas páginas. E também não encontra sempre as palavras certas no mais correto português. Ele tem seus ajudantes, trabalhando para que chegue perfeitamente nas mãos dos leitores.

E com esse propósito, nós do Comunykativo estamos colocando todos profissionais que participam do livro nas Informações técnicas de cada resenha. Se alguém vai ler ou se importar, nós não sabemos. Entretanto, é um primeiro passo para ressaltar a importância dessas informações. E é a nossa forma de demonstrar que nós respeitamos quem faz o que a gente lê (e que nós sabemos como é estar desse lado).

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Inspiração natalina: cartões

O Natal está chegando e nada mais característico do que os famosos cartões!
Abaixo alguns modelos interessantes:


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Design em diálogo


Design em diálogo é o nome do livro de Steven Heller e Elinor Pettit lançado em 2013, pela editora Cosac Naify. A publicação reúne 24 entrevistas de profissionais da área, e algumas correlatas como Publicidade e Relações Públicas. Entre os entrevistados temos: Paul Rand, Ellen Lupton, Milton Glaser e Michel Bierut.

O livro é dividido em três grandes capítulos: Razões e motivos,  De onde viemos, para onde vamos e Massagem da mensagem. Em todas as seções há uma discussão importante sobre como é feito design em diversas áreas, como editorial, televisão e até curadoria de exposições.

Percebe-se que o nome Design em diálogo não poderia ser melhor aplicado. A cada entrevista, é possível ver uma espécie de conversa entre os autores, que podem concordar ou discordar em suas opiniões. É uma ótima leitura para quem está no ramo do design gráfico, mas também de quem se interessa por ele.

O projeto gráfico do livro é bem diferente, as quebras de parágrafo foram sinalizadas por um quadrado. E os espaço entre uma pergunta e outra são separados por linhas coloridas. Cada seção de um livro possui uma cor. Essas cores e linhas também podem ser visualizadas na capa. É um livro muito bonito, com cara de Cosac Naify!

O livro custa R$ 49,00 na loja da Cosac Naify.

Informações Técnicas
Título: Design em diálogo
Autor: Steven Heller e Ellinor Pettit
Editora: Cosac Naify
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 366
Acabamento: Hotmelt com costura
Conselho editorial: André Stolarski; Chico Homem de Melo;
João Souza Leite; Rodolfo Capeto
Coordenação editorial: Elaine Ramos
Atualização das biografias: Elaine Ramos; Ana Paula Martini
Revisão: Elaine Santoro; Isabel Jorge Cury
Projeto gráfico: Elaine Ramos; Paulo André Chagas
Tratamento de imagem: Wagner Fernandes
Produção gráfica: Aline Valli

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Morris Wyszogrod: O design como arma de sobrevivência ao Holocausto



Lendo o livro Design em Díálogo* me deparei com a história de Morris Wyzogrod, um estudante de design gráfico em Varsóvia, Polônia, na mesma época em que o país era invadido pelos nazistas em 1939. A trajetória de Morris é contada no seu livro A Brush with Death: An Artist in the Death Camps.

Em 1936, Morris Wyzogrod, então com 16 anos, foi enviado à escola Warsaw's Marshal Josef Pilsudski School of Graphics para aprender design. Com muito muito sacrifício de seus pais, ingressou nos estudos em uma escola que aceitava apenas alguns estudantes judeus.
Três anos depois seus conhecimentos em design gráfico foram fundamentais para sua sobrevivência. Em plena invasão nazista, Morris foi capturado e enviado para Judenrat, local onde judeus eram forçados à trabalhar. Ao ser questionado pelos nazistas sobre sua profissão, assumiu-se como designer gráfico.
Após esse momento, passou a receber caneta, tinta e papel para escrever  placas de identificação. A primeira placa que fez dizia "Entrada proibida para judeus e cães", também criava placas para identificar orgias feitas pelos soldados, fora dos campos de extermínio.Como recompensa, recebeu um cartão de identificação que dizia o judeu mostrado nesta fotografia é permitido andar sem escolta entre o campo de pouso e o bairro judeu. 
Morris pintou retratos de diretores e suas namoradas, escreveu poemas, utilizando a caligrafia, para família de soldados. Fez também cartazes com frases nazistas.
Apesar de utilizar suas habilidades, não se livrou das tarefas dos campos de concentração, mas o trabalho como designer salvou sua vida. Ele passou pelos campos de concentração: Budzyn, Plaszow e Theresienstadt, onde redecorou os quartos dos soldados da SS, produziu desenhos pornográficos e pintou caixões para soldados alemães.
Em 1945, foi libertado do campo de Theresienstadt e em 1947 foi para Nova York, frequentou escolas americanas e acabou sendo contratado por Paul Rand, como diagramador e designer no departamento de arte da agência William H. Weintraub.

Fontes:
*HELLER, Steven  e PETTIT, Ellinor. Design em diálogo. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
NEW YORK TIMES. An Artist for Life. 1999. Disponível em <http://www.nytimes.com/books/99/10/24/bib/991024.rv110608.html> Acesso em 16.Dez.2013

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A ousadia dos livros de Irma Boom


Irma Boom é com certeza um dos nomes mais comentados em livros sobre design editorial. Não é por acaso. Seus livros possuem ousadia e inovação gráfica e ela sabe como dominar ambos.

Irma Boom nasceu em Lochem, Holanda, em 1960. Estudou Design Gráfico e após a graduação, trabalhou por cinco anos como designer para o governo holandês.  Em 1991, abriu o próprio escritório em Amsterdam, aonde teve uma grande produção de livros. Além disso, trabalhou como professora na Universidade de Yale (EUA) e na Van Eyck Academy, em Maastricht.
O projeto mais conhecido e ambicioso de Irma foi o livro de celebração do centenário do conglomerado SHV, em 1996. O projeto durou cinco anos, sendo os três primeiros dedicados à pesquisa dentro dos arquivos da empresa. O resultado final foi um livro 2.136 páginas muito pesado. O impresso não possuía índice ou número de páginas, as únicas informações são as datas contidas nas páginas, mas não se tratava de uma ordem cronológica, a ordem era feita pelo leitor.
Após esse projeto, a designer foi aprimorando seu estilo único em outros projetos, como o livro de Arte Arnout Milk e uma monografia do seu próprio trabalho Gutenberg Galaxie.

 A característica definidora da obra de Irma Boom é uma beleza crua com justaposições ousadas de tipos, buracos cortados e texto oscilando para fora da borda da página. "Se há algo em comum sobre os meus livros, é a aspereza, diz ela". "Eles são todos não refinados". (Design Museum)
Irma Boom

Abaixo, estão alguns vídeos para conhecer mais sobre o trabalho da designer:





Fonte: http://designmuseum.org/design/irma-boom

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Amy, minha filha

Amy, minha filha

Hoje terminei a leitura do livro Amy, minha filha, escrito por Mitch Winehouse (pai de Amy), uma indicação da Daniele Gama.
Se porventura alguém me pedisse a definição dessa obra em uma palavra, eu diria: intensa. O livro conta brevemente – em menos de 400 páginas – toda a vida de Amy, através dos olhos de seu pai, explora características de sua personalidade, expõe momentos em família e em público, conta sobre o começo de sua dependência de álcool e drogas, assim como seu tratamento com a incontáveis entradas e saídas da reabilitação e as promessas de vencer o vício, que em momentos trazem à tona ceticismo e em outros, esperança.
Creio que antes de tudo, para ler esse livro seja necessária empatia, são acontecimentos muitas vezes tristes, onde o leitor sofre ao ver o que realmente aconteceu com a cantora e sua família, a verdade abafada por tabloides e notícias sensacionalistas, elaboradas propositalmente para desestabilizar a família ou simplesmente em nome da ambição.

Daniele Gama: Eu particularmente gosto de biografias e esta foi realmente uma boa leitura. A visão de como tudo aconteceu explicada de um ponto de vista tão próximo, quanto o de Mitch ajuda a entender muitas coisas. Amy era uma pessoa muito intensa desde muito cedo e o livro demonstra como sua personalidade a levou a tanto sucesso e ao mesmo tempo, tantos problemas em sua vida pessoal.
Recomendo a leitura para quem gosta de uma boa biografia e para quem gosta da música de Amy Winehouse. Serão boas horas de uma leitura agradável e bem proveitosa!
Informações Técnicas
Título: Amy, Minha Filha
Autor: Mitch Winehouse
Editora: Record
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 380
Acabamento: Hotmelt
Tradutor: Waldéa Barcellos
Observação: Editores? Produtores? Diagramadores? Revisores?
Esse livro se materializou sozinho, não é Editora Record? Shame on you.

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Por que somos jovens tão ansiosos?


Quando em 2001 eu ouvia a música Há tempos do Legião Urbana, nunca imaginei que faria tanto sentido como atualmente.

"Há tempos são os jovens que adoecem".
Ao se pensar em juventude as palavras "energia", "vitalidade" e "saúde" estão sempre presentes. Ah, o frescor de ter 20 e poucos anos! Muitas pessoas têm saudade desse momento da vida, imagino que antigamente ter 20 anos era algo mais "saudável". Atualmente, cada vez mais jovens sofre de doenças consideradas maus de ansiedade. Mas, ansiedade é doença? Por que estamos tão ansiosos? Temos tanta vida pela frente!

Ao contrário do que se pensa não é fácil estar no lugar da juventude atual. Arrogantes, pretensiosos, donos da verdade, idealistas demais e desregrados são apenas alguns adjetivos que ouvimos sobre a nossa geração. Já ouvi falar que nós achamos especiais demais, que queremos coisas demais. Talvez seja verdade. Mas o problema é um pouco maior. Nós aprendemos a ser ambiciosos. Quando antes o problema era ficar para "titia" ou "solteirão" agora o problema é ficar pra "assistente". Pergunte para todos os seus amigos, veja quantos sonham em serem assistentes. Duvido muito que encontre algum. Todos querem ser diretores de arte, de criação, administrativos, querem ser alguém que tenha poder e que esse poder faça a diferença. Nossa geração perdeu o idealismo? Acredito que apenas direcionou para outro lugar. E nós fomos levados a isso.

Penso que talvez estejamos apenas evoluindo, mesmo que essa evolução tenha um custo para nossa saúde física e mental. Somos capazes de fazer mil coisas ao mesmo tempo, estamos conectados com tudo, somos ambiciosos, temos vontade de mudança e estamos dispostos a fazê-la acontecer. Entretanto, a pressão tem nos transformado em pessoas desesperadas por acontecimentos e com tendência a ficar entendiada com qualquer momento de sossego. Não sabemos sossegar, ler um livro ou ouvir uma música e não estar no celular pra comentar. Não ficamos sozinhos. Não sabemos o que é isso.

Ansiedade, estresse? Fazem parte do cotidiano. Chegar mais cedo, resolver mais rápido. Responder só este e-mail de madrugada. Futuro? Que chegue cada vez mais rápido, como os dados que recebo sobre ele. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. Descompasso, desperdício. Herdeiros são agora da virtude que perdemos. 

Pra quem não conhece a música que eu citei - Há tempos

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Semana Acadêmica na Universidade Anhembi Morumbi


Exatamente nos dias 23, 24 e 25/10 foi realizado o 4º Encontro Interdisciplinar da Escola de Artes, Arquitetura, Design e Moda da Anhembi‏‏, onde ocorreram diversas palestras e workshops de convidados veiculados à instituição ou não. São três dias dedicados para o aprimoramento de habilidades, interação entre alunos e – por que não dizer? – descanso, no sentido de desvincular-se do seu projeto, pausando-o mesmo que por um curto espaço de tempo, independentemente de ser um Interdisciplinar ou Trabalho de Conclusão de Curso, e se envolver com outros assuntos.

Como representante de sala – e juntamente com o suplente –, nos envolvemos na organização do evento e tivemos o prazer de contatar quatro figuras de extrema importância, foram eles:

Roberto Yokota, professor de História do Design (dentre outras matérias) na instituição [um dos melhores professores que já tive o prazer de conhecer];

Claudio Rocha, designer gráfico, tipógrafo, editor das revistas Tupigrafia e Tipoitalia, diretor da Oficina Tipográfica São Paulo e autor de livros como: Novo Projeto Tipográfico, Tipografia Comparada, A Letra Impressa (mais recente) ;

Thiago Reginato, designer gráfico, fundador do projeto Tipocali e sócio do Estúdio Maquinário;

Luiz Carlos Domingues Dias, ilustrador e professor na Criart: Escola de Desenho e Pintura

Com auxílio de Daniele, mediamos duas palestras cada, que modéstia parte foram um sucesso, sendo obviamente 99% atribuídos à esses ótimos profissionais. Pessoas importantes – e humildes –, que têm seus compromissos, porém alocaram um tempo em suas agendas para participar do evento sem nenhuma ajuda de custo.

Fico agradecido de ter participado dessa organização e realizar uma pequena contribuição para esse grande acontecimento.

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O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui


Recentemente, o Emicida lançou seu novo cd, intitulado O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui, mostrando um lado diferente do que é fazer rap.

Recebi o cd autografado pelo correio (comprei na pré-venda) e já estava há um tempo pensando em como iniciar esse post. Basicamente, farei uma crítica sobre ele. Acredito que não é o melhor cd do Emicida, o anterior tinha mais músicas que eu gostei. Mas, este é um projeto bem original, misturando ritmos como o samba, o funk e o rock. Ainda é algo bem autobiográfico, mostrando agora um lado do Emicida em relação à família e o sucesso, este último causando algumas reflexões.

O cd começa com o poema "Milionário do sonho" recitado pelo próprio rapper juntamente com a atriz Elisa Lucinda. Durante todo o cd são lidas estrofes deste poema, mostrando a importância de sonhar e fazer acontecer. A 2ª música é mais uma parceria bem sucedida com Rael (já falei do cd dele por aqui), chamada "Levanta e Anda". Essa é uma das melhores músicas do álbum, na minha opinião, juntamente com "Nóiz", "Sol de giz de cera" e "Hoje cedo", esta última foi uma ótima parceria com a Pitty.


Irmão você não percebeu
Que você é o único representante

do seu sonho na face da terra

Se isso não fizer você correr

Chapa eu não sei o que vai

(Emicida e Rael – Levanta e Anda)

Particularmente, achei as músicas "Zoião" e "Gueto" (junto com o Mc Guime) bem fracas e exclui a playlist. Acho que elas não conversaram muito bem com meus ouvidos. Já a música "Trepadeira" apesar da polêmica envolvendo a "surra de espada de São Jorge" é bem divertida e irônica (pelo menos pra mim). As músicas "Hino vira lata", "Alma gêmea", "Samba do fim do mundo" e "Ubuntu" são boas, a maioria tem uma raiz forte no samba, entretanto senti falta de um refrão bem marcado como as músicas do Emicida são. Já estou há um certo tempo ouvindo esse cd e ainda não consegui decorar essas músicas.


Você era o cravo e ela era a rosa,
e cá entre nós gatinha, quem não fica bravo

dando sol e água, e vendo brotar erva daninha.

Chamei de banquete era fim de feira,

estendi tapete mas ela é rueira.

Dei todo amor, tratei como flor,

mas no fim era uma trepadeira.

(Emicida e Wilson das Neves – Trepadeira)

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Informações Técnicas
Título: O glorioso retorno de quem nunca esteve aqui
Autor: Emicida
Gravadora: Laboratório fantasma
Ano: 2013

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Henrique Nardi

Foto retirada de: www.maceio40graus.com.br

Na última terça-feira (27/08), eu e Daniele tivemos o prazer de realizar uma entrevista descontraída com Henrique Nardi, grande figura do meio tipográfico brasileiro. Mais detalhes você lê a seguir.

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Desmanche


O artista plástico Lucas Simões nos traz um discurso estético, no qual dialética da imagem se faz tema central de seu trabalho. A estrutura da imagem serve de motivo para apoiar formas e gerar um processo de análise constante desta. Assim, na desconstrução da imagem, o espectador é conduzido por uma forma dinâmica de visualização. As aparentes repetições são na verdade, novas formas geradas num processo construtivo, onde os planos servem para nos fazer aprofundar, de forma psicológica, no significado das imagens. Conduzindo à construção de um novo objeto em questão. O resultado prático deste discurso é um uso topográfico dos planos de ação, no qual o tema entre como um contraponto para refazer uma harmonia que, inicialmente parece ter se perdido, mas que o artista, com maestria e talento, nos devolve de forma quase que benevolente, mas significativamente forte e acompanhado de um discurso estético harmônico e avançado. Lucas Simões é uma destas figuras que aparecem como novo artista, mas cujo conteúdo de poética nos projeta com força e definição de linguagem própria.
Agora só nos cabe desfrutar desta dialética visual e sentir como uma imagem pode ultrapassar seus próprios significados.

Você leu acima, o texto introdutório da exposição de Lucas Simões, com curadoria de Gilberto Salvador.
Sábado(24/08), eu e Daniele visitamos a Caixa Cultural e tivemos o primeiro contato com o trabalho diferente e interessante desse artista.

Após a visita na exposição é possível perceber uma clareza - a primeira vista não aparente - em seu título, pois o artista desmonta e remonta imagens à seu modo. Estão presentes dois tipos de trabalhos, quadros e paisagens, onde são usados, respectivamente, camadas e fragmentos de imagens para formar uma composição.

Os quadros são fotos de pessoas, não identificáveis, montados com camada de papel sobrepostas, sendo que cada um deles exibe um tipo de recorte diferente (em forma de chamas, quadrados, diagonais, entre outros).

E as paisagens são panorâmicas - para serem vistas de lado - montadas com papel colado sobre pano e fixados na madeira, acredito que meticulosamente cortado para as dobras quando expostas lado a lado darem continuação a imagem.

Um exercício de composição genial, construção e desconstrução que trás uma nova perspectiva para o espectador sobre a imagem. Talvez insinuando que há mais de uma maneira de observar um objeto.

Exposição Lucas Simões - Desmanche
Duração: 20 de Julho à 20 de Outubro de 2013
Local: Caixa Cultural São Paulo
Praça Da Sé, 111 - Sé - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3321 4400
Terça à domingo, 9h às 20h.
Entrada: Gratuita
Mais informações. Mais imagens.

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Primeiros passos: 1) Tipografia


Este primeiro post de "Primeiros passos" que farei destinado a quem pretende produzir um livro do it yourself ou quer saber mais sobre o assunto.

Como assunto inicial, escolhi a tipografia! Dentre os motivos pelos quais fiz esta escolha, está a falta de conhecimento do tema. É muito comum ouvir alguns comentários à respeito de clientes que pedem "Comic Sans" no projeto todo. Bom, não estou aqui pra criticar a tão controversa fonte, mas sim para explicar um pouco sobre como aplicar corretamente a tipografia em um livro.

Primeiramente, vou fazer uma classificação de fontes bem básica: tipos display e tipos de texto.

Display é aquela fonte para chamar atenção (bem tosca a explicação, mas é isso). Ela deve ser aplicada em títulos principalmente, pois a função dela é "aparecer".

display

Texto é aquela fonte para leitura (principalmente de textos longos). É uma fonte com menos ornamentos e que permanece mais neutra na página.

Vamos lá, pensando no miolo do livro, fica bem claro que você precisa de uma fonte display para os títulos e uma de texto para leitura. Uma característica comum à todas as fontes é que podem ser serifadas ou não.

"Serifa é o traço colocado no início ou no final das hastes e das barras de letras"(2012, p.105)

Em relação às serifas, existem algumas diferenças, como define Cláudio Rocha (ibidem)
Existem várias formas de serifa, e entre elas temos: adnata (curva), que flui suavemente na junção com a haste; abrupta (reta), cuja junção com a haste se dá em ângulo reto, slab serif, que tem a mesma espessura da haste e apresenta junção curva ou reta, caracterizando o grupo de fontes Egípcias, produzidas a partir do século XIX, wedge serif com serifas triangulares ou em forma de cunha. A fonte Matrix, da Emigre, é um exemplo; hairline, de espessura fina, caracteriza, por exemplo, as fontes Bodoni e Didot.

projeto tipográfico

As fontes sem serifa, não possuem este elemento na estrutura, como nas tipografias abaixo:


tipografia


A serifadas são tidas como melhores no quesito legibilidade, pois considera-se que as serifas direcionam os olhos durante a leitura. Entretanto, a legibilidade também é uma característica das não serifadas, por isso, este é um ponto questionável. Uma realidade é que as fontes serifadas são muito comuns em livros, principalmente os com textos muito longos. As não serifadas são vistas em livros de design, geralmente.

O importante na hora de escolher a tipografia certa para o livro é ver a finalidade dele: livros infantis, por exemplo, tem textos curtos, por isso algumas fontes diferenciadas (como a famigerada Comic Sans) se encaixam bem, já livros com um tema pesado, como uma tese, que possui um texto muito longo, com rodapés, citações e legendas, ficam mais agradáveis com fontes serifadas, que se encaixam bem a situação, como a Garamond, Times e Minion e seus contrastes de hastes.

É essencial perceber a diferença entre os tipos de fontes, afinal uma fonte de texto pode ser usada como display, mas dificilmente uma fonte display poderá ser utilizada para um texto. 

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O Design Gráfico no Brasil


O surgimento do Design Gráfico difere-se do design em geral, essa vertente emergiu da necessidade de se promover produtos, impulsionado – e impulsionando – pelo sistema capitalista e o processo de fetichização das mercadorias. Villas-Boas (2000) afirma que o Design Gráfico no Brasil é considerado uma sub-área do desenho industrial, o qual o profissional [desenhista industrial], através da atividade projetual “coteja requisitos e restrições, gera e seleciona alternativas, define e hierarquiza critérios de avaliação e engendra um projeto que é a materialização da satisfação de necessidades humanas, através de uma configuração e de uma conformação palpável” (MORAES, 1993).

Segundo a Associação do Design Gráfico (ADG) a definição de design gráfico inclui planejamento de projetos ligados à linguagem visual, com diversas funções: sinalizar, informar, organizar, estimular, persuadir, entreter e etc. Além disso, o trabalho do designer gráfico não se resulta apenas a mídia impressa, podendo trabalhar com diversos suportes materiais ou imateriais (digital). Villas-Boas (2000, p.11) nos traz um ponto de vista morfológico, ou seja, relacionado à aparência ou aspecto, onde define o design gráfico como uma atividade de ordenação projetual de elementos estético-visuais textuais e não-textuais com fins expressivos para reprodução por meio gráfico, assim como o estudo desta atividade e a análise de sua produção. Onde o termo produção abrange a ilustração, a criação e a ordenação tipográfica, a diagramação, a fotografia e o outros elementos visuais. Por fim, define o design gráfico como sendo a combinação de todos os elementos com fins e meios acima descritos, abrindo um parênteses para projetos muito específicos onde estes elementos possam constar isoladamente.

O universo de atuação para o profissional da área é amplo e variado, a ADG aponta seis vertentes em seu livro O valor do Design Gráfico, são eles: a primeira é próprio design gráfico, definido como responsável por marcas e logotipos; em seguida, o design institucional, que lida com a identidade corporativa gerando catálogos e outros impressos; o design editorial, responsável pelo projeto de livros e periódicos; design de embalagem, com alta importância na diferenciação de produtos; design promocional com papel definidor na promoção dos produtos e o design ambiental, otimizando espaços através da sinalização. Entretanto, a definição destas divisões são apenas algumas das possibilidades do mercado. Atualmente o design assumiu um papel importante na cultura contemporânea, como um definidor de linguagens, ultrapassando as barreiras da própria disciplina, se tornando multidisciplinar, como define Beluzzo (2011, p.62):

A sociedade contemporânea vem sofrendo grandes transformações, sobretudo no que diz respeito à inserção do design como um dos principais formatadores da cultura contemporânea. Isso quer dizer que o design, que antes era uma das principais antenas de captação de tudo o que acontecia em nossa sociedade e cultura, transcende o formato para ser um definidor de linguagens. Nesse sentido, o design (projeto) extrapola a fronteira das próprias disciplinas, desfocando os limites entre elas, conseguindo ser a extensão de linguagens e, ao mesmo tempo, a materialização de grande parte do universo da comunicação.

Segundo Villas-Boas (2002, p.33) o design gráfico é essencialmente interdisciplinar, tendo estreita interface principalmente com a comunicação social, as artes plásticas e a arquitetura. Além de possuir, “uma dimensão tão visceralmente cultural e contemporânea que se confunde com a própria cultura e com a própria contemporaneidade”, pois, “ele ‘fala’ da cultura e da contemporaneidade ao mesmo tempo em que faz parte delas e as realimenta: ele é sujeito e objeto ao mesmo tempo” (Ibidem, p.18). Uma característica do design gráfico em frente à cultura contemporânea é sua interdisciplinaridade, não podendo ser limitado apenas aos ensinamentos voltados à profissão, mas sim, entrando em contato com outras para tornar seus projetos viáveis. Bridgewater (1999, p.10) enfatiza o mesmo ponto afirmando que o designer deve estar familiarizado com todas as formas de reprodução gráfica e ser capaz de trabalhar com tipógrafos, fotógrafos, ilustradores e outros técnicos.

Para Villas-Boas (2002, p.22), o designer completo é uma figura incomum, quando não inviável – seja pela complexidade tecnológica que hoje envolve o processo produtivo da comunicação visual, seja pelas próprias implicações simbólicas que o design gráfico assume num universo cujas relações sociais são cada vez mais mediadas e cada vez mais simbólicas.

Bibliografia:
BELLUZO, Gisela. Novos enfoques para o design gráfico. In: Belluzo, G. e LEDESMA, M.(orgs). Novas Fronteiras do design gráfico. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011.
BRIDGEWATER, Peter. Introdução ao Design Gráfico. Lisboa: Editorial Estampa Ltda, 1999.
VILLAS-BOAS, André. Identidade e cultura. Rio de Janeiro: 2AB, 2002.
_______________ O que é (e o que nunca foi) design gráfico. 3.ed. Rio de Janeiro: 2AB, 2000.


O texto acima foi desenvolvido por Felipe Henrique Marciano e Daniele Alves Gama Santos para o Trabalho de Conclusão de Curso de Design Gráfico no primeiro semestre de 2013.

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O Papel do Design na Sociedade Contemporânea

Design & Sociedade

Design, termo oriundo da língua inglesa, constantemente presente no cotidiano da sociedade, usualmente ligado aos conceitos de inovação e funcionalidade será abordado no presente texto, buscando apresentar as ambiguidades, apropriações e desapropriações de definições abordadas durante diversos acontecimentos históricos, que viriam a mudar as concepções a respeito dessa disciplina. 

Segundo ICSID, Design é uma atividade criativa cuja finalidade é estabelecer as qualidades multifacetadas de objetos, processos, serviços e seus sistemas, compreendendo todo seu ciclo de vida. Portanto, design é o fator central da humanização inovadora de tecnologias e o fator crucial para o intercâmbio econômico e cultural. Em conformidade com essa afirmação, é possível perceber que a primeira visão, do design essencialmente “estético e superficial” se torna simplória frente às múltiplas possibilidades que envolvem o ato de projetar. 

Flusser (2007, p.184) atribui o nascimento do termo design da separação brusca – e desastrosa – entre o mundo das artes e o mundo da técnica e das máquinas, onde ele [o design] torna-se uma espécie de ponte sobre esta brecha que foi instaurada, conectando os dois mundos. E conclui que, por isso design significa aproximadamente aquele lugar em que arte e técnica (e, consequentemente, pensamentos, valorativo e científico) caminham juntas, com pesos equivalentes, tornando possível uma nova forma de cultura. Já Cardoso (2012, p.15) afirma que o design nasceu com o propósito de “pôr ordem na bagunça do mundo industrial”, pois o grande aumento da produção e oferta de bens de consumo – entre os séculos XVIII e XIX – em decorrência do surgimento das indústrias, que possibilitavam a produção em massa, barateando os custos de produção e transporte, tornavam os produtores menos preocupados com a estética e com a qualidade. 

No que cabe à legislação brasileira, temos designado no Art 2º do projeto de lei Nº 1391/2011:
Designer é todo aquele que desempenha atividade especializada de caráter técnico-científico, criativo e artístico para a elaboração de projetos de sistemas e/ou produtos e mensagens visuais passíveis de seriação ou industrialização que estabeleçam uma relação com o ser humano, tanto no aspecto de uso, quanto no aspecto de percepção, de modo a atender necessidades materiais e de informação visual.
 Analisando os fatos apontados, é perceptível a caracterização do profissional da área como um projetista de produtos e serviços, levando em consideração uma série de fatores influenciadores, como: ergonomia – adequação ao ser humano –, usabilidade – facilidade de uso – e estética – percepção que os seres humanos tem da aparência. Além desses estudos, o designer deve estar atento às demandas da sua época, contextualizando a sociedade para achar soluções aos problemas do presente e do futuro. 
O Design ajuda-nos a criar realidades que ainda não existem, mas que são possíveis de existir no futuro. (GUILLERMO, A, 2011, p.94)
O design tem o poder de tornar o futuro mais adequado a sociedade que o viverá através dos projetos de ambientes e objetos inovadores que tornem a vida mais fácil e mais prática. Quanto melhor for o design para o futuro, mais pessoas acreditarão na sua eficiência e estarão dispostas a participar dele. A função do design é criar realidades que ainda não existem, mas que serão possíveis no futuro.

Bibliografia:
CARDOSO, Rafael. Design para um mundo complexo. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
FLUSSER, Vilém. O Mundo Codificado. São Paulo: Cosac Naify, 2007. 224 pág.
GUILLERMO, Álvaro. Design, inovação e visão de futuro. In: Belluzo, G. e LEDESMA, M.(orgs). Novas Fronteiras do design gráfico. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2011.

O texto acima foi desenvolvido por Felipe Henrique Marciano e Daniele Alves Gama Santos para o Trabalho de Conclusão de Curso de Design Gráfico no primeiro semestre de 2013.

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O Príncipe


Começo esse breve post afirmando que tive o prazer de atualizar o status desse título como lido no skoob. Esse livro como você deve imaginar, é um clássico literário, sempre em destaque nas famosas listas de "livros que você precisa ler antes de morrer". Devido ao título sempre imaginei tratar-se de um romance ― gênero literário ―,  ideia contrária à imagem que eu tenho do autor como estudioso, sendo assim, já esperava errar esse tiro no escuro.
No entanto, fui surpreendido ao saber que o tema seria tão destoante ― ciência política! ― e que o livro na verdade foi um presente enviado por Maquiavel ― que não possuía nenhum objeto valioso para oferecer senão seu conhecimento, "apreendido por uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas" ― ao Magnífico Lorenzo, filho de Piero de Médici, aconselhando-o a como agir nas adversidades que enfrentaria como estadista.

Na atmosfera inquieta do Renascimento, a obra de Maquiavel é dominada pela ideia da unidade italiana. O 'secretário florentino' procura meios próprios de formá-la e discute as formas de governo mais apropriadas à sua preservação. XAVIER, Lívio.

Maquiavel expõe as boas e más atitudes que podem ser tomadas, porém, deixa claro que uma má atitude, dependendo do contexto, pode ser uma boa escolha para o príncipe. Por exemplo, acaso ele esteja com boa reputação perante o povo porém inversamente proporcional à burguesia  ― que possui grande poder ―, é aconselhável que equilibre essa balança, mesmo que para isso deva lesar muitos para beneficiar poucos; podemos encarar como diplomacia. Enfim, todas as decisões possuem somente um intuito: manter-se no poder.

O único incômodo na leitura foi que apesar das diversas notas e do glossário de nomes que apresenta breves explicações citando pontos pertinentes aos exemplos mencionados por Maquiavel, tive certa dificuldade, e para entender completamente a obra teria que pesquisar as diversas personalidades citadas. Mas isso obviamente não tira o mérito do livro pois cabe ao leitor adquirir conhecimentos históricos.




Informações Técnicas
Título: O príncipe
Autor: Nicolau Maquiavel
Editora: Nova Fronteira (Saraiva de bolso)
Conselho editorial: Daniel Louzada, Frederico Indiani
Leila Name, Maria Cristina Antonio Jeronimo
Projeto gráfico de capa e miolo: Leandro B. Liporage
Ilustração de capa: Cássio Loredano
Diagramação: Filigrana
Equipe editorial Nova Fronteira: Shahira Mahmud,
Adriana Torres, Claudia Ajuz, Gisele Garcia
Preparação de originais: Gustavo Penha, José Grillo,
Luiz Alberto Monjardim
Ano: 2011
Edição: Especial
Páginas: 128
Acabamento: Hotmelt

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A produção de um livro independente


Atenção autores, designers e artistas independentes! Este post é para vocês.
Vamos lá, você teve uma grande ideia e vai lançar um livro. Mas, por onde começar? O que fazer primeiro?
Para responder essa e outras perguntas, a autora Ellen Lupton lançou livro A produção de um livro independente – um guia para autores, artistas e designers. 

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Ainda bem que senti as batidas do meu coração



Nesse último final de semana foi o lançamento do dvd do Criolo e Emicida aqui em São Paulo e fui ao show com o Felipe e o Guilherme (como já mostrado em um post aqui). Dentre os músicos convidados, estava o Rael, que eu já conhecia de algumas participações no cd do Emicida (Doozicabraba e a revolução silenciosa).

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A culpa é da estrelas


"Alguns infinitos são maiores que outros"
Ontem finalizei a leitura do livro "A culpa é das estrelas", do autor John Green. Primeiramente, vou elogiar o trabalho gráfico do livro, afinal é muito bonito, a diagramação é bem feita e a capa é bem chamativa. Falando em capa, nela existe a frase "Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais", do autor Markus Zusak (A menina que roubava livros). A frase é verdadeira, o livro proporciona boas risadas e lágrimas em algumas partes.

A história se passa na vida de Hazel Grace, paciente terminal de câncer, que tem a sua vida prolongada por um remédio chamado Falanxifor. Aos 16 anos, ela tem que enfrentar as limitações do câncer e ainda tentar viver um pouco da sua adolescência. Tudo muda quando ela conhece Augustus Waters, rapaz jovem que é um sobrevivente do câncer, e que a ajuda a viver novas experiências e a conhecer o amor.

O que mais me interessou nesse livro foram os personagens e suas reflexões sobre as próprias doenças, algumas vezes com um certo sarcasmo. Foi uma leitura super rápida, senti falta de algumas partes da história, como um final para Hazel, mas gostei da forma como o livro terminou. Não é o melhor livro o mundo, entretanto é o tipo de livro que traz uma reflexão sobre o que você anda fazendo com a sua vida e qual está sendo o uso do seu tempo "infinito".

Felipe: A Culpa é das Estrelas permaneceu nas vitrines de livrarias por muito tempo (um indício de seu sucesso) e foi o livro preferido dos leitores brasileiros durante o ano de 2013, segundo o Skoob. Eu tenho certa aversão à tudo que é de gosto popular pois quando muitas pessoas gostam (pelo menos para mim), torna-se duvidoso o caráter da obra (independente de sua manifestação física) e de seus adeptos - vide sertanejo universitário e 50 Tons de Cinza.

Imaginava que este livro tratasse de mais uma história sofrida, pessimista e deprimente de um ser humano qualquer lidando com seus problemas e que havia encantado os leitores pelo fato de gostarem de sentir pena. No entanto, se você for debater ou criticar, entenda do assunto, então encorajado pela Daniele, realizei a leitura do livro. Eis que vem a revira-volta.

O livro é sensacional! Em sua capa está escrito: "Você vai rir, chorar e ainda vai querer mais", e isso é a pura verdade! A personagem principal é inteligente e sarcástica, no decorrer do livro você ri com as observações e brincadeiras que faz com seu próprio drama, uma qualidade que eu acho louvável, mas há quem não entenda, talvez devido ao senso de humor incompatível, à maneira de encarar a vida, ou pura falta de inteligência, nunca se sabe.
Aconselho para livro de cabeceira, aquele que você lê em casa, tranquilamente, pausadamente. Por quê? Porque se você ama seu filho, seu pai, sua mãe, sua namorada/noiva/esposa, em algum ponto torna-se-á impossível não chorar - sim, pasmem machões enrustidos de plantão. Contudo, se você acha que está livre de sentimentos ou emoções, ignore a indicação.

Mentiria se dissesse que a obra não me fez repensar atitudes, comportamentos, laços. Não lançarei mão do famoso bordão: "Esse livro mudou a minha vida!", mas classifico como uma daquelas obras que você lê de tempos em tempos para relembrar importantes valores que se esvaem aos poucos com a rotina do dia a dia, do trabalho, das pequenas brigas e diferenças.
Informações Técnicas
Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Edição:
Páginas: 288
Acabamento: Hotmelt
Revisão: Umberto Figueiredo Pinto
Adaptação de capa: ô de casa
Diagramação: Editoriarte

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O Rock Errou?


Esse é o título¹ do primeiro volume escrito pelo jornalista Sérgio Pereira Couto dissertando sobre "Os maiores boatos, lendas e teorias da conspiração do mundo do rock" ― subtítulo da obra. Não acredito que a capa faça jus ao conteúdo, entretanto a composição "estranha" cumpre sua função de atrair o olhar do comprador.

Escolhi essa segunda-feira nublada para retirada de um ingresso num estabelecimento que convenientemente é localizado dentro de uma livraria ― e como indivíduo agraciado que sou ―, ao conversar com a atendente recebo a notícia que o "sistema" estava com problemas e o mesmo só funcionaria a partir das 14h. Uma terceira visita estava fora de cogitação, resolvi sentar e esperar uma hora e meia, pensando que poucos lugares seriam mais agradáveis do que aquele.

Admito que fiquei feliz em escolher essa obra em particular dentro das demais de mesmo estilo que a circundavam, o livro possui "causos" de ídolos e bandas de rock, tais quais: Paul McCartney e Lou Reed, Jim Morrison, John Lennon, Pink Floyd, Elvis Presley, Nirvana, entre outros, somadas a quatro capítulos de boatos desenvolvidos, boatos não desenvolvidos, mais histórias e lendas do rock nacional. É um livro para curiosos, não queira uma tese de mestrado repleta de notas de rodapé e fontes de onde foram retiradas cada sentença.  Li 48 páginas divididas entre Jim Morrison, Nirvana e Boatos Desenvolvidos, o vocabulário é fácil fazendo com que a leitura flua de maneira excelente e se dependesse unicamente de minha vontade, compraria para finalizá-la.

O autor deixa claro em diversos momentos que haverá um volume dois, abordando novos fatos. :)

¹ Acredito que o título faça menção e talvez seja uma resposta a famosa música de Lobão: "O Rock Errou".
Informações Técnicas
Título: O Rock Errou?
Autor: Sérgio Pereira Couto
Editora: Matrix
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 216
Acabamento: Hotmelt
Editora responsável: Cristiane Costa
Produção: Adriana Torres; Ana Carla Sousa
Produção Editorial: Mônica Surrage
Preparação de Texto: Gabriel Machado
Revisão: Eduardo Carneiro
Pesquisa Bibliográfica: Amanda Braz; Tatiana Rodrigues
Projeto Gráfico e Diagramação: Celina Faria

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Criolo e Emicida


Meu treinador é Deus
Me escalou pra jogar
Olhou pro banco e disse:
Zica, vai lá!
Cumprimentei os meus
Me benzi pra atacar
Lembrei da frase ali:
Zica, vai lá!
No embalo dessa letra começou o show de dois monstros do hip hop nacional, Emicida e Criolo. Domingo, 14/07, eu, Daniele e Guilherme estávamos colados na grade cantando as músicas uma por uma e admirando a performance de toda a equipe no palco, desde os principais, passando pelas participações de Rael da Rima, Dj Niacky, Evandro Fioti, até a banda e os backing vocals.
O show diversas vezes apresentou uma melodia envolvente, com forte influência do samba e do reggae, onde a platéia acompanhava com palmas cadenciadas e gingava como podia no espaço que havia ― apesar deu não ter sofrido sequer um empurrão, o que o primeiramente me gerou espanto e depois alegria, de perceber a educação das pessoas que ali estavam.
Vamos embora para Bogotá
Muambar
Muambei
Vamos cruzar Transamazônica
Pra levar
Pra freguês
Vai ser melhor do que em Pasárgada
Agradar
Até o rei
http://youtu.be/u_d3qAqroK0?t=21s
Mas se você pensa que a descontração do ritmo transformou o show num pagodinho monossilábico medíocre, se engana! Fazendo jus ao rap nacional foram cantados clássicos como Grajauex, Não existe amor em SP, Lion Man, Nó na Orelha, Dedo na ferida, Rua Augusta, Triunfo, A rua é nóiz, além de homenagens como: Capítulo 4, Versículo 3 (Racionais), Rap é Compromisso (Sabotage), entre outras.
As letras descrevem o cotidiano das pessoas normais, que muitos consideram como "a vida na favela" mas que na verdade acontece também fora dela. E para quem ainda não percebeu, o rap evoluiu e a nova escola ― que traz sincero respeito pela velha guarda, como: Racionais, Sabotage, RZO, Thaíde ― levanta novos temas, situações, aspirações para o rap, além de palavras de apoio para quem vive uma batalha diária, pro garoto não desistir de seus estudos e pegar o caminho mais fácil (crime), perseverar no seu sonho, respeitar seus pais e não se envolver com drogas.
Emicida é muito criticado por fazer esse novo estilo de hip hop, que alguns insistem em dizer que está mais "pop", fazendo com que uma parcela ― idiota ― das pessoas intitulem-o como "vendido", que faz música para os "boyzinhos" lotarem seus shows. Podemos responder a esses argumentos infundados com uma frase do próprio: "E os faladores falam, toda vez / Têm problemas comigo, não, os problemas tão com vocês" e pra completar: "Filho, vê se não arrasta!" (Criolo).
Não escolhi fazer rap não, na moral
O rap me escolheu porque eu aguento ser real
Como se faz necessário, tiozão
Uns rimam por ter talento, eu rimo porque eu tenho uma missão
Odeio vender algo que é tão meu
Mas se alguém vai ganhar grana com essa porra, então que seja eu
E os que não quer dinheiro, mano.. é porque nunca viu
A barriga roncar mais alto do que eu te amo
Eu vi minha mãe, me jogar dentro do guarda-roupa trancado
Era o lugar mais seguro, quando a chuva levou os telhado
E dizia, não se preocupa.. chuva é normal
Já vi o pior disso aqui, ver o bom hoje é natural
E o justo, então antes de criticar quem cê vê trampar
Cala boca e pensa, quantas história cê tem pra contar
Falar que ao dizer ''a rua é nóiz'' pago de dono da rua
Desculpa, eu vivo isso e a incerteza é sua
Se você não se sente dono dela, xiu não fode!
E antes de escrever um rap, me liga e pergunta se pode

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Manifesto do Nada na Terra do Nunca


Ontem terminei a leitura da obra supracitada de autoria de João Luiz Woerdenbag Filho, vulgo Lobão.
Devo dizer que apesar de algumas ressalvas políticas ― que não convém comentar ― gostei muito!
Lobão brada um discurso feroz contra a fama e atitude comodista do brasileiro, da imagem de país da festa, bunda e futebol, da apropriação de cultura alheia atribuindo-lhe caráter nacional, do baixíssimo nível de produção musical de nosso pais, das condições da saúde, da educação, da (in)segurança, dentre tantos assuntos que deixarei para o leitor destemido explorar.

No entanto, o que mais me cativou foi a mistura desses temas com outros mais banais ― o que não torna-os menos importantes ―, como sua revolta na adolescência com o que era considerado um comportamento apropriado ou não para um jovem e sua busca pela "normalidade" tentando adaptar-se às normas e gostos impostos pela sociedade (o que felizmente nunca aconteceu, caso contrário não teria o prazer de ler essa obra).

Sem mencionar as bandas que ouvia e tanto influenciaram na sua formação musical ou a fama que ganhou através dos anos dentre os diversos públicos e "celebridades", dos quais atribuíram-lhe alcunhas como: drogado, decadente, matricida, epilético, reacionário, entre tantas outras. Seus projetos, as infinitas críticas e diversas armadilhas, emboscadas, tramoias, as quais foi submetido, sendo destacadas algumas jocosas (como o próprio intitula).

E como último comentário o vocabulário utilizado, palavras de pouca incidência em nosso cotidiano mas que por vezes encaixam-se perfeitamente na descrição das diversas situações, amenizando ou agravando as emoções. E mais curioso, fazendo leitores (eu, por exemplo) reconhecerem uma deficiência vocabular, instigando um desejo de abandonar a mediocridade que nos acorrenta à tão famigerada "zona de conforto".
Guardarei boas lembranças dessa obra (e autor) que provocaram a reencarnação de meu Mini Aurélio, do ano 2000, anterior ao Acordo Ortográfico, que por análise estética está a poucos passos de tornar-se papiro.

E posso afirmar que sinto interesse em dispensar um tempo para ler sua biografia "50 anos a Mil" para saber mais sobre essa figura do nosso cenário musical.
Informações Técnicas
Título: Manifesto do Nada na Terra do Nunca
Autor: Lobão
Editora: Nova Fronteira
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 247
Acabamento: Hotmelt
Editora Responsável: Cristiane Costa
Produção: Adriana Torres; Ana Carla Sousa
Produção Editorial: Mônica Surrage
Preparação de Texto: Gabriel Machado
Revisão: Eduardo Carneiro
Pesquisa Bibliográfica: Amanda Braz; Tatiana Rodrigues
Projeto Gráfico e Diagramação: Celina Faria

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Compra de livros do mês de Junho

Neste final de semana, eu e o Felipe aproveitamos para comprar alguns livros, nosso vício.  Passeamos pela livraria e escolhemos alguns títulos, como O príncipe, de Maquiavel; Orgulho e preconceito, da Jane Austen; O grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald e A culpa é das estrelas, de John Green.

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