Um punhado de ideias: o vlog do André Vianco



Autor de 14 livros, 11 best sellers, André Vianco lançou em 2013 uma série de vídeos chamada de "Um punhado de ideias" para discutir e dar dicas aos novos autores que pretendem entrar no mercado editorial dos livros de fantasia.

A série possui 5 vídeos até o momento e está disponível do canal do André Vianco, no Youtube.

Entre os assuntos tratados estão: a carreira do próprio autor, dicas de como lançar seu livro, quais são as dificuldades da carreira, como é o mercado, bloqueio criativo, entre outros assuntos. André aceita questões enviadas pelo seu blog e em sua página do Facebook.

Assista abaixo o episódio 01 da série:
Leia mais:
Saga do Vampiro Rei
A produção de um livro independente

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Saga do Vampiro-Rei



A Saga do Vampiro-Rei é uma série de livros escrita pelo autor André Vianco. O cenário da história está num mundo totalmente diferente, após grande parte da população do mundo adormecer em um evento chamado A noite maldita. Após este acontecimento muita coisa mudou na sociedade: não existem mais telecomunicações e as pessoas que adormeceram passam anos nesse estado, podendo acordar como vampiros, simples humanos ou criaturas guerreiras, chamados de bentos.

A saga possui três livros: Bento, Bruxa Tereza e Cantarzo. A narração da batalha entre humanos e vampiros rendem boas cenas de luta e ação em todos os livros, enquanto alguns mistérios nas vidas dos personagens são revelados por meio de lapsos de memória dos mesmos. Cenários como São Paulo e Osasco são muito bem explorados no livro, expondo detalhes que trazem veracidade incrível aos fatos fictícios.

Felipe: Vampiros e zumbis tornaram-se um tema "batido" durante os anos e ultimamente estão em alta, mas não pense que essa saga envolve mais um amor impossível entre duas criaturas de raças diferentes escrito de forma melodramática e que representa a capacidade de conviver em harmonia.
Não, caro leitor, aqui a história é de sangue, discórdia, raiva, corpos decepados, tiros, angústia, honra, batalhas, vitórias e perdas. Vampiros não brilham e não se expõem ao sol, tem os olhos do capeta, vermelhos, ardentes como brasa e acabam com tudo, como uma praga.

Fica a indicação para quem admira batalhas épicas e está disposto à ler uma ficção de terror.
Informações Técnicas
Títulos: Saga O Vampiro-Rei: Bento; A Bruxa Tereza; Cantarzo
Autor: André Vianco
Editora: Novo Século
Ano: 2011; 2011; 2011
Edição: 2ª; 2ª; 2ª
Páginas: 518; 403; 512
Acabamento: Hotmelt
Produção Editorial: Equipe Novo Século
Projeto Gráfico e Composição: Sergio Gzeschnik
Capa: SPO Design
Revisão: 
Evandro Lisboa Freire, Lucas de Souza Cartaxo;
Marileide Gomes, Lucas de Souza Cartaxo;

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O livro não é feito só de autor



Certa vez, um autor pediu para que meu nome fosse retirado dos créditos do livro dele. Perguntei se havia algum problema com a diagramação, mas a resposta de"não se tratar de uma informação necessária" me chocou um pouco. Logo eu, uma pessoa que se sempre admirou os autores, ouvi que meu trabalho não merecia créditos.

Mas a verdade é que muita gente já passou por isso e vejo constantemente a falta dessas informações em alguns livros. Falta consciência da importância dos profissionais envolvidos em todo projeto, desde quem faz o contrato, quem edita, quem diagrama, quem faz a capa, quem ilustra, entre outros. O livro não é só feito de autor, tem muita gente trabalhando para que ele aconteça.

Não desmereço em nenhum momento a autoria, admiro intensamente os bons autores. E também não quero desrespeitar nenhuma editora. Entretanto, nós, profissionais do mercado editorial, merecemos respeito e porquê não? Créditos! O livro não encontra sozinho uma bela capa e uma tipografia que se encaixa perfeitamente nas páginas. E também não encontra sempre as palavras certas no mais correto português. Ele tem seus ajudantes, trabalhando para que chegue perfeitamente nas mãos dos leitores.

E com esse propósito, nós do Comunykativo estamos colocando todos profissionais que participam do livro nas Informações técnicas de cada resenha. Se alguém vai ler ou se importar, nós não sabemos. Entretanto, é um primeiro passo para ressaltar a importância dessas informações. E é a nossa forma de demonstrar que nós respeitamos quem faz o que a gente lê (e que nós sabemos como é estar desse lado).

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Inspiração natalina: cartões

O Natal está chegando e nada mais característico do que os famosos cartões!
Abaixo alguns modelos interessantes:


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Design em diálogo


Design em diálogo é o nome do livro de Steven Heller e Elinor Pettit lançado em 2013, pela editora Cosac Naify. A publicação reúne 24 entrevistas de profissionais da área, e algumas correlatas como Publicidade e Relações Públicas. Entre os entrevistados temos: Paul Rand, Ellen Lupton, Milton Glaser e Michel Bierut.

O livro é dividido em três grandes capítulos: Razões e motivos,  De onde viemos, para onde vamos e Massagem da mensagem. Em todas as seções há uma discussão importante sobre como é feito design em diversas áreas, como editorial, televisão e até curadoria de exposições.

Percebe-se que o nome Design em diálogo não poderia ser melhor aplicado. A cada entrevista, é possível ver uma espécie de conversa entre os autores, que podem concordar ou discordar em suas opiniões. É uma ótima leitura para quem está no ramo do design gráfico, mas também de quem se interessa por ele.

O projeto gráfico do livro é bem diferente, as quebras de parágrafo foram sinalizadas por um quadrado. E os espaço entre uma pergunta e outra são separados por linhas coloridas. Cada seção de um livro possui uma cor. Essas cores e linhas também podem ser visualizadas na capa. É um livro muito bonito, com cara de Cosac Naify!

O livro custa R$ 49,00 na loja da Cosac Naify.

Informações Técnicas
Título: Design em diálogo
Autor: Steven Heller e Ellinor Pettit
Editora: Cosac Naify
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 366
Acabamento: Hotmelt com costura
Conselho editorial: André Stolarski; Chico Homem de Melo;
João Souza Leite; Rodolfo Capeto
Coordenação editorial: Elaine Ramos
Atualização das biografias: Elaine Ramos; Ana Paula Martini
Revisão: Elaine Santoro; Isabel Jorge Cury
Projeto gráfico: Elaine Ramos; Paulo André Chagas
Tratamento de imagem: Wagner Fernandes
Produção gráfica: Aline Valli

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Morris Wyszogrod: O design como arma de sobrevivência ao Holocausto



Lendo o livro Design em Díálogo* me deparei com a história de Morris Wyzogrod, um estudante de design gráfico em Varsóvia, Polônia, na mesma época em que o país era invadido pelos nazistas em 1939. A trajetória de Morris é contada no seu livro A Brush with Death: An Artist in the Death Camps.

Em 1936, Morris Wyzogrod, então com 16 anos, foi enviado à escola Warsaw's Marshal Josef Pilsudski School of Graphics para aprender design. Com muito muito sacrifício de seus pais, ingressou nos estudos em uma escola que aceitava apenas alguns estudantes judeus.
Três anos depois seus conhecimentos em design gráfico foram fundamentais para sua sobrevivência. Em plena invasão nazista, Morris foi capturado e enviado para Judenrat, local onde judeus eram forçados à trabalhar. Ao ser questionado pelos nazistas sobre sua profissão, assumiu-se como designer gráfico.
Após esse momento, passou a receber caneta, tinta e papel para escrever  placas de identificação. A primeira placa que fez dizia "Entrada proibida para judeus e cães", também criava placas para identificar orgias feitas pelos soldados, fora dos campos de extermínio.Como recompensa, recebeu um cartão de identificação que dizia o judeu mostrado nesta fotografia é permitido andar sem escolta entre o campo de pouso e o bairro judeu. 
Morris pintou retratos de diretores e suas namoradas, escreveu poemas, utilizando a caligrafia, para família de soldados. Fez também cartazes com frases nazistas.
Apesar de utilizar suas habilidades, não se livrou das tarefas dos campos de concentração, mas o trabalho como designer salvou sua vida. Ele passou pelos campos de concentração: Budzyn, Plaszow e Theresienstadt, onde redecorou os quartos dos soldados da SS, produziu desenhos pornográficos e pintou caixões para soldados alemães.
Em 1945, foi libertado do campo de Theresienstadt e em 1947 foi para Nova York, frequentou escolas americanas e acabou sendo contratado por Paul Rand, como diagramador e designer no departamento de arte da agência William H. Weintraub.

Fontes:
*HELLER, Steven  e PETTIT, Ellinor. Design em diálogo. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
NEW YORK TIMES. An Artist for Life. 1999. Disponível em <http://www.nytimes.com/books/99/10/24/bib/991024.rv110608.html> Acesso em 16.Dez.2013

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A ousadia dos livros de Irma Boom


Irma Boom é com certeza um dos nomes mais comentados em livros sobre design editorial. Não é por acaso. Seus livros possuem ousadia e inovação gráfica e ela sabe como dominar ambos.

Irma Boom nasceu em Lochem, Holanda, em 1960. Estudou Design Gráfico e após a graduação, trabalhou por cinco anos como designer para o governo holandês.  Em 1991, abriu o próprio escritório em Amsterdam, aonde teve uma grande produção de livros. Além disso, trabalhou como professora na Universidade de Yale (EUA) e na Van Eyck Academy, em Maastricht.
O projeto mais conhecido e ambicioso de Irma foi o livro de celebração do centenário do conglomerado SHV, em 1996. O projeto durou cinco anos, sendo os três primeiros dedicados à pesquisa dentro dos arquivos da empresa. O resultado final foi um livro 2.136 páginas muito pesado. O impresso não possuía índice ou número de páginas, as únicas informações são as datas contidas nas páginas, mas não se tratava de uma ordem cronológica, a ordem era feita pelo leitor.
Após esse projeto, a designer foi aprimorando seu estilo único em outros projetos, como o livro de Arte Arnout Milk e uma monografia do seu próprio trabalho Gutenberg Galaxie.

 A característica definidora da obra de Irma Boom é uma beleza crua com justaposições ousadas de tipos, buracos cortados e texto oscilando para fora da borda da página. "Se há algo em comum sobre os meus livros, é a aspereza, diz ela". "Eles são todos não refinados". (Design Museum)
Irma Boom

Abaixo, estão alguns vídeos para conhecer mais sobre o trabalho da designer:





Fonte: http://designmuseum.org/design/irma-boom

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Amy, minha filha

Amy, minha filha

Hoje terminei a leitura do livro Amy, minha filha, escrito por Mitch Winehouse (pai de Amy), uma indicação da Daniele Gama.
Se porventura alguém me pedisse a definição dessa obra em uma palavra, eu diria: intensa. O livro conta brevemente – em menos de 400 páginas – toda a vida de Amy, através dos olhos de seu pai, explora características de sua personalidade, expõe momentos em família e em público, conta sobre o começo de sua dependência de álcool e drogas, assim como seu tratamento com a incontáveis entradas e saídas da reabilitação e as promessas de vencer o vício, que em momentos trazem à tona ceticismo e em outros, esperança.
Creio que antes de tudo, para ler esse livro seja necessária empatia, são acontecimentos muitas vezes tristes, onde o leitor sofre ao ver o que realmente aconteceu com a cantora e sua família, a verdade abafada por tabloides e notícias sensacionalistas, elaboradas propositalmente para desestabilizar a família ou simplesmente em nome da ambição.

Daniele Gama: Eu particularmente gosto de biografias e esta foi realmente uma boa leitura. A visão de como tudo aconteceu explicada de um ponto de vista tão próximo, quanto o de Mitch ajuda a entender muitas coisas. Amy era uma pessoa muito intensa desde muito cedo e o livro demonstra como sua personalidade a levou a tanto sucesso e ao mesmo tempo, tantos problemas em sua vida pessoal.
Recomendo a leitura para quem gosta de uma boa biografia e para quem gosta da música de Amy Winehouse. Serão boas horas de uma leitura agradável e bem proveitosa!
Informações Técnicas
Título: Amy, Minha Filha
Autor: Mitch Winehouse
Editora: Record
Ano: 2013
Edição:
Páginas: 380
Acabamento: Hotmelt
Tradutor: Waldéa Barcellos
Observação: Editores? Produtores? Diagramadores? Revisores?
Esse livro se materializou sozinho, não é Editora Record? Shame on you.

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Por que somos jovens tão ansiosos?


Quando em 2001 eu ouvia a música Há tempos do Legião Urbana, nunca imaginei que faria tanto sentido como atualmente.

"Há tempos são os jovens que adoecem".
Ao se pensar em juventude as palavras "energia", "vitalidade" e "saúde" estão sempre presentes. Ah, o frescor de ter 20 e poucos anos! Muitas pessoas têm saudade desse momento da vida, imagino que antigamente ter 20 anos era algo mais "saudável". Atualmente, cada vez mais jovens sofre de doenças consideradas maus de ansiedade. Mas, ansiedade é doença? Por que estamos tão ansiosos? Temos tanta vida pela frente!

Ao contrário do que se pensa não é fácil estar no lugar da juventude atual. Arrogantes, pretensiosos, donos da verdade, idealistas demais e desregrados são apenas alguns adjetivos que ouvimos sobre a nossa geração. Já ouvi falar que nós achamos especiais demais, que queremos coisas demais. Talvez seja verdade. Mas o problema é um pouco maior. Nós aprendemos a ser ambiciosos. Quando antes o problema era ficar para "titia" ou "solteirão" agora o problema é ficar pra "assistente". Pergunte para todos os seus amigos, veja quantos sonham em serem assistentes. Duvido muito que encontre algum. Todos querem ser diretores de arte, de criação, administrativos, querem ser alguém que tenha poder e que esse poder faça a diferença. Nossa geração perdeu o idealismo? Acredito que apenas direcionou para outro lugar. E nós fomos levados a isso.

Penso que talvez estejamos apenas evoluindo, mesmo que essa evolução tenha um custo para nossa saúde física e mental. Somos capazes de fazer mil coisas ao mesmo tempo, estamos conectados com tudo, somos ambiciosos, temos vontade de mudança e estamos dispostos a fazê-la acontecer. Entretanto, a pressão tem nos transformado em pessoas desesperadas por acontecimentos e com tendência a ficar entendiada com qualquer momento de sossego. Não sabemos sossegar, ler um livro ou ouvir uma música e não estar no celular pra comentar. Não ficamos sozinhos. Não sabemos o que é isso.

Ansiedade, estresse? Fazem parte do cotidiano. Chegar mais cedo, resolver mais rápido. Responder só este e-mail de madrugada. Futuro? Que chegue cada vez mais rápido, como os dados que recebo sobre ele. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. Descompasso, desperdício. Herdeiros são agora da virtude que perdemos. 

Pra quem não conhece a música que eu citei - Há tempos

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